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Desmistificando a coloração da gasolina

Com a alta no preço dos combustíveis, buscar os preços mais baixos pode trazer desconfiança sobre a qualidade deles. Por exemplo: muitos consumidores têm dúvidas sobre as diferenças de coloração da gasolina. Alguns acreditam que o produto que tem uma coloração um pouco mais amarelada seja de boa qualidade, enquanto outros acham que só a incolor é boa… e por aí vai.

Segundo Gilberto Pose, especialista em combustível da marca Shell e coordenador de Produtos da Raízen (que é licenciada da Shell no Brasil), as gasolinas comercializadas no país são duas: a gasolina A, que não tem etanol e é vendida pelos produtores e importadores de gasolina; e a gasolina C, que tem etanol anidro combustível, adicionado pelos distribuidores, vendida aos postos revendedores e, em seguida, ao consumidor final.

A gasolina comum, aquela que não recebe aditivos pra limpeza do motor, precisa ser de incolor à amarelada, isenta de corantes, conforme a especificação da Agência Nacional do Petróleo. Já a gasolina aditivada é a gasolina comum com um pacote de aditivos detergentes e dispersantes, que mantém limpo o sistema de alimentação do combustível, incluindo bicos injetores e válvulas de admissão. Nesta, as distribuidoras geralmente usam corantes para diferenciá-la visualmente em relação à gasolina comum. Mas não há nenhuma relação da cor com a qualidade do combustível. Trata-se somente de uma distinção na aparência, pois os corantes usados não afetam o desempenho do combustível no motor.

No caso dos combustíveis da Shell, por exemplo, a gasolina aditivada, que é a V-Power, além de ter coloração diferente (geralmente mais esverdeada) da gasolina comum, também possui aditivos que limpam e protegem as partes internas do motor.

Segundo as regras da ANP, as cores para diferenciar os tipos de gasolina vendidos no Brasil podem ser definidas por cada companhia produtora, sendo proibida a utilização da cor azul (que é a cor dos combustíveis de aviação) e rosa (usado em situações especiais). Qualquer coloração fora dessas pode ser indicativo de alguma anormalidade. Em caso de suspeita quanto à qualidade do combustível, o consumidor tem o direito de pedir ao frentista do posto que faça um teste de qualidade na hora. Todos os postos são obrigados a ter um kit para esse tipo de verificação.

Uma resolução da ANP de 2007 diz que frentistas devem estar habilitados a fazer o teste gratuitamente e na hora, na frente do cliente. Se o posto se recusar a fazer o teste, o consumidor pode denunciar o posto à ANP.

Auto Destaque

O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

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