Can-Am terá uma linha totalmente elétrica
Quando do anúncio do seu desempenho anual em 2022, que foi um recorde, o grupo BRP aproveitou para anunciar uma novidade: o retorno da Can-Am ao universo das motocicletas, em breve com uma linha de produtos totalmente elétrica e com previsão dos primeiros modelos chegando ao mercado mundial em meados de 2024.
A empresa canadense – que na região Norte é representada pela Direct Jet – continua ganhando participação de mercado na indústria de esportes motorizados, alcançando fatia recorde nos segmentos de motos de neve (com a Ski-Doo), motos aquáticas (com a Sea-Doo) e quadriciclos e UTVs (com a Can-Am).
Falando em esportes motorizados, o forte portfólio de produtos da Can-Am deu um big show no Rally Dakar 2022, vencido pelo brasileiro Gustavo Gugelmin e pelo norte-americano Austin Jones a bordo de um Maverick X3, que é o UTV mais desejado nessas competições.
Depois de muita areia, dias difíceis, perda de liderança e disputa acirrada, os competidores da equipe Can-Am Factory ergueram o troféu em Jeddah, na Arábia Saudita, sendo que Gugelmin tornou-se bicampeão do Dakar, pois já tinha ganho em 2018, junto com Reinaldo Varela.
Foram duas semanas intensas com doze etapas e mais de oito mil quilômetros de percurso, quando Gugelmin e Jones foram os grandes ganhadores com uma vantagem apertadíssima de apenas 2 minutos e 37 segundos sobre os espanhóis Gerard Farres e Diego Gil, que são da mesma equipe.
“O Dakar é a Fórmula 1 da terra. É a competição mais difícil no planeta off-road porque exige não só do UTV, mas também dos competidores de forma física, emocional e psicológica. Sem contar toda a parte estratégica envolvendo uma equipe gigante com mecânicos, preparadores, logística e tudo mais. Então não imaginava nem nos meus melhores sonhos um dia ganhar o Dakar, quem diria ser bicampeão. Estou muito feliz e agradeço ao Jones por tudo, porque somente uma dupla afinada e que se entende consegue avançar. O Jones pilotou com maestria por mais de 8 mil quilômetros sem cometer erros e sem bater. Agora é focar no campeonato mundial pra levar a Can-Am ao lugar mais alto do pódio”, comemorou Gustavo Gugelmin.
Esta edição do Dakar consagrou pela quinta vez a Can-Am como a grande campeã da prova, pois só deu o UTV em todas as posições do Top 10 nessa categoria, mostrando a resistência e a potência dos veículos off-road.
Até nos protótipos leves (FIA T3, uma divisão da categoria carros) também deu Can-Am, que conquistou 7 posições dentre os 10 primeiros colocados, sendo que os chilenos Francisco ‘Chaleco’ López e Juan Pablo Latrach Vinagre, da equipe EKS – South Racing, ergueram o troféu. E foi a 3ª vez que Chaleco venceu um Dakar, sendo as duas anteriores entre os UTVs.
EM PROL DO PLANETA – Mas não é só em competições que a Can-Am se destaca. Ela também auxilia no plantio de mudas e em outras diversas tarefas numa operação na Floresta biO2, onde um Defender marca presença em Piranguçu, no sul mineiro, aos pés da serra da Mantiqueira, na divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. O UTV auxilia na rotina diária dos plantios e na manutenção das árvores, principalmente em áreas em que veículos maiores não conseguem acesso. Além de cruzar montanhas com mais facilidade, ele proporciona agilidade no transporte.
Com o objetivo de recuperar a biodiversidade brasileira e regenerar a floresta do bioma Mata Atlântica (responsável por ajudar na manutenção e na purificação do ar, na proteção do solo e na regulação do clima numa área que garanta o abastecimento de água no futuro), a biO2 é um projeto ambiental que iniciou em 2019 o plantio de 15 mil mudas de árvores nativas, junto com a Fundação SOS Mata Atlântica. Antes um pasto, hoje a Floresta bio2 abriga mais de 43 mil mudas plantadas – o que representa a compensação de 7 mil toneladas de CO2 na atmosfera – e agora abriga árvores com até 5 metros de altura.
BRP: DESEMPENHO RECORDE – A BRP divulgou seus resultados financeiros recordes (crescimento de 28,5%) do ano fiscal, impulsionados não só pela demanda robusta e contínua dos produtos que representa, como também pela capacidade de driblar as dificuldades causadas em função dos impactos da Covid-19 na cadeia de suprimentos. “Olhando para o próximo ano fiscal, prevemos um crescimento sólido de 8% a 12% no EPS (Ganhos Por Ação) normalizado diluído. A primeira metade do ano pode ser mais desafiadora, dada a volatilidade global da cadeia de suprimentos, mas estamos confiantes e sabemos que podemos alcançar nosso objetivo com base no interesse sustentado do consumidor em esportes motorizados, no nosso forte portfólio de produtos e na capacidade e agilidade de nossos colaboradores”, disse José Boisjoli, presidente e CEO da BRP.
