Carros

Alguns carros-conceito marcantes da Mini

Carros-conceito são como um playground criativo para designers de automóveis. Todos têm como foco um futuro visionário, indo de inovadores padrões de iluminação a novos mecanismos de portas.

Alguns desses conceitos são criados para auxiliar o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias, enquanto que outros exibem uma linguagem de design inovadora ou servem para visualizar a aparência de um veículo que futuramente será produzido em série.

No caso da Mini, o desafio sempre foi de inserir novas tecnologias, mas sem abrir mão da tradição visual da marca. Então confira os modelos mais relevantes concebidos entre o fim dos anos 90 e a primeira década de 2000, período em que a BMW incorporou a fabricante inglesa.

ACV 30 – Considerado o conceito que deu origem ao design do Mini Cooper atual, o ACV 30 foi apresentado em janeiro de 1997, no rali de Monte Carlo. O nome ACV (Anniversary Concept Vehicle, ou Veículo-Conceito de Aniversário) inclusive celebrava os 30 anos da vitória da marca britânica na tradicional corrida, ao mesmo tempo que oferecia uma interpretação moderna do espírito por trás do clássico Mini.

O ACV 30 era um modelo de 2 lugares, com volante à direita, motor central 1.8 de 4 cilindros e que chamava a atenção pelos contornos salientes da carroceria. Desenhado por Adrian van Hooydonk, atual Vice-Presidente Sênior de Design do BMW Group, o protótipo exibia elementos visuais herdados do Mini clássico, como a grade do radiador hexagonal e os grandes faróis arredondados.

XXL – O Mini XXL não era um conceito no puro sentido do termo, mas um modelo único especialmente concebido para promover a montadora inglesa na Olimpíada de Atenas, na Grécia, em 2004.

Ele tinha 6 metros de comprimento, 6 rodas e uma banheira de hidromassagem na traseira. Construído por uma empresa de customização de carrocerias de Los Angeles, vinha com eixo traseiro adicional, para acomodar a traseira alongada. Pra dar vida a ele foram necessários dois modelos Mini Cooper e muitas peças de reposição.

Dentro, o luxo era de uma limusine, com TV retrátil, DVD, frigobar, espelhos e um telefone pra falar com o motorista. Nem é preciso dizer que chamou muita atenção pelas ruas da capital grega, durante os Jogos Olímpicos de 2004.

CLUBMAN – Esta série de 4 carros-conceito, mostrada nos principais salões automotivos do planeta ao longo de 2005 e 2006, convidava a viajar pelo mundo a bordo de um Mini. E cada versão tinha características específicas, que evidenciavam as cidades onde eles foram revelados. As 4 variações do mesmo conceito funcionaram como uma prévia para o Clubman, que surgiria em 2007.

No protótipo revelado no Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a ênfase estava na elegância. No Salão do Automóvel de Tóquio, no Japão, ele destacou as origens britânicas da marca. Já o mostrado no Salão do Automóvel de Detroit, nos EUA, ressaltou os esportes de inverno. E o apresentado no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, prestou tributo ao sucesso da Mini no automobilismo, em especial às vitórias conquistadas no rali de Monte Carlo, nos anos 60.

Em todos os casos, eles ostentavam uma configuração inovadora de porta traseira, revolucionando o uso e o acesso ao interior: uma tampa dividida ao meio, inspirada nas portas dos clássicos Morris Mini-Traveler e Austin Mini Countryman.

CROSSOVER – Este conceito, apresentado no Salão do Automóvel de Paris de 2008, na França, mostrou que a Mini também era capaz de produzir veículos com capacidade off-road – além de revelar uma ligação inusitada com o número 4. Fora a carroceria com 4 portas e os 4 assentos individuais, o protótipo tinha tração integral nas 4 rodas e foi o primeiro Mini autêntico a ter mais de 4 metros de comprimento.

A ampla oferta de espaço na cabine e o fácil acesso ao interior – proporcionado por portas deslizantes e por tampa traseira que abria lateralmente e que vinha combinada a uma janela retrátil – estavam entre os destaques deste precursor do Countryman. Por dentro, chamavam a atenção o console central deslizante sobre trilhos e uma grande esfera de vidro no centro do painel de instrumentos, que exibia informações de navegação e filmes em 3D por meio de projeções a laser.

MINI E – Foi o primeiro modelo totalmente elétrico da Mini e pioneiro dentro das iniciativas de eletrificação do grupo BMW. Apresentado em outubro de 2008, tinha tração dianteira e era impulsionado por um motor elétrico de 204 cavalos, alimentado por baterias de íons de lítio que proporcionavam 240 quilômetros de autonomia.

Foram produzidas 500 unidades, que tornaram o BMW Group o primeiro fabricante mundial de automóveis premium a disponibilizar uma frota de veículos elétricos para uso de consumidores no trânsito diário. Em 2010, exemplares dele foram trazidos ao Brasil para uso pelos participantes da Rio+20, conferência de sustentabilidade das Nações Unidas.

ROADSTER/COUPÉ – Apelidados de Gêmeos de Oxford, em alusão à semelhança e à origem (a fábrica britânica da Mini), as versões Coupé e Roadster estrearam no Salão do Automóvel de Frankfurt de 2009, na Alemanha, e chamaram a atenção pela beleza e pela esportividade. Ambos serviram de base para modelos produzidos entre 2011 e 2015.

Além dos elementos de design típicos (como faróis arredondados e ampla grade dianteira), os modelos de 2 lugares ostentavam características que conferiam aparência robusta, como caixas de roda largas, linha de cintura alta e para-brisa mais inclinado.

Por compartilharem a mesma arquitetura, as dimensões eram as mesmas: 3,71 metros de comprimento, 1,68 metro de largura e 1,35 metro de altura, com mala para 250 litros. O motor também era o mesmo: 1.6 turbo de 4 cilindros, usado pelo John Cooper Works, mas que no Coupé entregava 211 cavalos – 36 cavalos a mais que no Roadster.

BEACHCOMBER – Inspirado no clássico jipinho Moke de 1964, o Beachcomber não tinha portas nem teto, mas vinha com 4 assentos individuais e tração nas 4 rodas. Com cerca de 4 metros de comprimento, suspensão elevada e pneus off-road com tecnologia run-flat, ele foi mostrado no Salão do Automóvel de Detroit de 2010, nos Estados Unidos, e serviu de inspiração para o Countryman, lançado meses depois. Trazia pontos de fixação para pranchas de surfe e bicicletas na mala, além de GPS, MP3 player e capota flexível, para cobrir a cabine caso chovesse.

ESPECIAIS – Vale ressaltar ainda uma versão do clássico Mini Cooper customizado pelo cantor britânico David Bowie. Caracterizado pela carroceria cromada e alçado ao status de obra de arte, o Mini de Bowie fez parte das celebrações do 40º aniversário da fabricante britânica, em 1999.

Outro com tema musical foi um chamado de Rocketman, em homenagem à lenda da música Elton John.

Tem também um Mini cuidadosamente desenvolvidos e customizados pelo artista de rua Cheba, que mora em Bristol, na Inglaterra. O exterior foi decorado com uma pintura multicolorida, com tonalidades vivas, do para-choque dianteiro à tampa do porta-malas, dos aros das rodas até o teto de lona (no caso do conversível) e do teto fixo, no caso do Cooper.

Auto Destaque

O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

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