A importância da troca do fluido para freios no momento certo
Os freios não constituem uma única peça, mas um sistema completo, que é fundamental pra segurança do veículo. Daí a importância de passar por revisões regularmente. A recomendação é de que o fluido para freios seja trocado a cada 12 meses ou a cada serviço feito, numa rotina a ser adotada da mesma maneira que é feita a troca do óleo do motor. Não é indicado completar só o que falta. A troca do fluido é vital, pois ele é uma substância complexa, cujas propriedades têm de satisfazer muitas exigências. À base de glicol, ele deve variar de modo limitado numa vasta gama de condições de trabalho e durante prolongado período de tempo. Novo, não contém água, tem ponto de ebulição elevado e é estável química e fisicamente.
Na frenagem, o calor gerado pelo atrito entre a pastilha e o disco de freio é transferido para o fluido, que se vai acumulando. Por suas propriedades higroscópicas, o fluido para freios absorve a umidade existente no ar, evitando a ação prejudicial da água. Com o tempo, a composição química pode se alterar e o ponto de ebulição pode se reduzir. Apenas 1% de água por volume pode reduzir o ponto de ebulição em 50 graus. O excesso de água no sistema diminui o ponto de ebulição, fator que, associado à formação de gases no circuito, provoca a perda de pressão hidráulica. Ou seja, a vaporização da água afeta a compressibilidade do freio. Resultado: o pedal baixa e há risco de acidentes, devido à ineficiência dos freios.
Segundo especificações técnicas, os vários tipos de fluido para freios têm graus determinados para o ponto de ebulição: DOT 3 (até 230 graus), DOT 4 (até 245 graus) e DOT 5 (acima de 240 graus). A principal diferença entre eles, além da coloração, é o ponto de ebulição. Pra segurança automotiva, o fluido para freios deve satisfazer todos os requisitos das especificações técnicas nacionais e internacionais, que atestam a qualidade.