Pesados

Scania em 2022: otimista, mas nem tanto

No ano em que completa 65 anos de Brasil, a Scania está com um otimismo moderado nos mercados em que atua, prevendo que o agronegócio continuará impulsionando a demanda por caminhões pesados e que o setor de ônibus – em especial os rodoviários – continuará em recuperação.

Nas projeções, ela acompanha a Anfavea, que prevê crescimento de 10% no mercado total (incluindo caminhões e ônibus), de até 9% em caminhões e de 20% nos ônibus. No segmento de motores, a Scania prevê alta no setor industrial e que manterá o mesmo patamar de 2021 na geração de energia, com aumento na procura por soluções a gás.

No setor de serviços, prevê ano recorde na venda de seus programas de manutenção e alta de 30% nos veículos conectados. E no setor de Serviços Financeiros, o banco Scania deverá representar metade das suas vendas em 2022.

No que diz respeito à sustentabilidade, a Scania superou os 600 caminhões a gás comercializados e vendeu os primeiros veículos movidos 100% a GNL (gás natural liquefeito) para a empresa Morada Logística. Outro desafio é preparar o terreno pra chegada das linhas de caminhões e ônibus com tecnologia para atender aos requisitos da fase P8 do Proconve, também conhecido como Euro 6 e obrigatório a partir de 2023.

E quem está no comando da Scania no Brasil desde janeiro de 2022 é Fábio Souza, novo Vice-Presidente e Diretor-Geral das Operações Comerciais, que substituiu Roberto Barral, transferido pra Scania Europa. “Teremos em 2022 um dos períodos mais importantes da marca no país. Um dos presentes de aniversário de 65 anos é que o Brasil acaba de se tornar uma região independente dentro da estrutura comercial global da Scania. Ou seja, passamos a responder diretamente pra Suécia, separados da América Latina. E temos muito mais responsabilidades, o que nos motiva demais nesta gestão. Meu principal desafio é continuar conduzindo a marca na liderança da transição para um transporte mais sustentável e levando ótimos resultados aos clientes. Vamos avançar ainda mais nesta transformação, ao lado da nossa competente rede de concessionárias.”, diz Fábio Souza, que iniciou sua carreira na Scania em 2001, como analista de peças.

Em 2006 ele foi pra Scania México para ser Gerente de Serviços e 3 anos depois virou Diretor da área. Em 2013 retornou ao Brasil pra assumir a diretoria de Serviços e foi o responsável por introduzir a conectividade nos caminhões e ônibus e com o programa de manutenção flexível, com cobrança por quilômetro rodado e pagamento por faixa de consumo. Em 2019 foi nomeado Diretor-Geral das Operações Comerciais da marca na África do Sul, onde também foi Vice-Presidente de veículos pesados da associação local das fabricantes automotivas.

CAMINHÕES – O mercado de caminhões ainda enfrentará alguns reflexos da pandemia, sem falar na preparação para o P8. Já a Nova Geração de caminhões continua um sucesso absoluto, com até 20% de economia de combustível sobre a gama anterior – as famosas Séries P, G e R – e fortalecida pelo lançamento do Acelerador Inteligente, em 2021, que já superou as 40 mil unidades vendidas.

É um cenário de grandes desafios, mas de oportunidades e surpresas aos clientes, que terão total apoio das concessionárias e das soluções financeiras do banco e do consórcio Scania. O agro continuará sendo o maior comprador de caminhões pesados, embora haja desafios com a seca no Sul/Sudeste e chuvas excessivas no Nordeste (Bahia) que podem afetar o desempenho total da safra em 2022. Outros segmentos aquecidos serão os de cargas refrigeradas, e-commerce, cana, mineração e madeira. Por outro lado, continuamos com metas ousadas de caminhões a gás. Já vendemos mais de 600 unidades e o interesse cresce a cada dia. Prova disso é que a Morada Logística adquiriu os 5 primeiros caminhões movidos 100% a GNL (gás natural liquefeito) do Brasil, fazendo parte de um seleto grupo de empresas que grava seu nome na história do transporte de cargas por tornar o planeta menos poluído e dependente do diesel.”, disse Silvio Munhoz, Diretor de Vendas de Soluções da Scania Brasil.

ÔNIBUS – Nos ônibus, há leve otimismo para 2022, pois eles continuam tendo o mais forte impacto negativo gerado pela pandemia. “As empresas ainda levarão um bom tempo pra se recuperar. A retomada gradual de compras continuará ao longo de 2022. Por outro lado, o mercado rodoviário continua seu processo de encontrar novas formas de vendas de passagens, incluindo aplicativos e digitalização. Estamos animados com a chegada em breve da linha de chassis Euro 6, ainda mais econômica e que oferecerá um custo total de operação imbatível”, diz Celso Mendonça, Gerente de Vendas de Soluções de Mobilidade e Potência da Scania Brasil.

SERVIÇOS – Em Serviços, a Scania acredita em novo recorde, com aumento de 29% na venda de programas de manutenção e de 27% na carteira de planos ativos. “Pra 2022, as metas serão superar o exercício passado, que foi o melhor ano da história de Serviços em muitos indicadores. Também queremos garantir ainda mais disponibilidade e atendimento rápido nas concessionárias e se preparar pra chegada da linha P8, ou Euro 6. Pretendemos também chegar a 70 mil veículos conectados (alta de 30%), inaugurar 15 pontos de atendimento e continuar a padronização e a digitalização da rede, bem como subir a participação de planos de manutenção nos veículos novos de 55% para 65%, sendo 70% de programas flexíveis.”, diz o diretor Marcelo Montanha, que avalia que 2021 trouxe mais maturação das modalidades de serviços: “A pandemia levou os clientes a refletir qual o tipo de gestão que querem pra obter máxima disponibilidade da frota. Nossas soluções têm sido muito bem aceitas, especialmente pelo lançamento do Programa de Manutenção Premium Flexível Uptime. E foi possível aumentar em 30% o tempo de veículos disponíveis para transporte, atraindo e fidelizando mais clientes para nossas oficinas.”

PROPULSORES – Já na área de motores industriais, marítimos e de geração de energia, as perspectivas para 2022 são de pequena alta nas vendas, mantendo a carteira forte e a liderança onde atua. “Acreditamos num mercado de geração de energia nos mesmos níveis de 2021. Após a crise hídrica, teremos uma visão consolidada dos volumes pluviométricos e de seus respectivos impactos nos reservatórios, porém a estabilidade energética dependerá das usinas termelétricas e da busca por combustíveis alternativos. A Scania se prepara para isto oferecendo a linha diesel com baixo consumo e o portfólio a biogás e gás natural. Na área industrial, a projeção será de leve alta, principalmente no ramo agrícola. E graças ao avanço da vacinação, os transportes marítimos estão voltando. Dessa forma, cremos no retorno do segmento de linhas de trabalho ao mesmo patamar pré-pandêmico.”, conclui Mendonça.

Em 2021, a Scania foi líder nesse segmento, com 60% de participação nos motores para geração de energia e de 86% na linha industrial. Foram 2.088 unidades vendidas em 2021, contra 1.830 vendidas em 2020. Desse volume, a maior parte foi de geradores de energia, seguido de industriais e marítimos. Ela oferece motores estacionários pra linha industrial de 186 a 750 kW de potência, de 186 a 750 kW (marítimos de trabalho e lazer) e de geração de energia de 251 a 759 kW. O destaque em 2021 foi o DC13, na faixa de 500 a 550 kW (geração de energia) e com quase 800 unidades comercializadas.

Auto Destaque

O Caderno Auto Destaque é publicado ininterruptamente desde 1987 no jornal Diário do Pará, apresentando lançamentos e tudo mais sobre o mercado automotivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Translate »

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios