Pegar a estrada com uma Harley-Davidson é botar pra valer a sensação de liberdade sobre duas rodas. Mas pra isso acontecer de forma segura, são necessários cuidados e a atenção do motociclista pra garantir um passeio tranquilo e inesquecível. Diversos itens merecem atenção e podem ser verificados facilmente, como a periodicidade das revisões de quilometragem, bem como eventuais ruídos, o bom estado dos freios e as condições dos pneus e dos cabos, além da limpeza correta e o funcionamento do sistema elétrico, entre outros.
A exemplo das revisões periódicas, a Harley-Davidson recomenda que a primeira (referente aos 1.600 quilômetros rodados) seja feita quando a moto atingir 1 ano de aquisição, mesmo que a quilometragem esteja abaixo da mencionada. A garantia da moto continuará sendo válida por 2 anos, independente da frequência de uso.
Os pneus calibrados da forma correta são essenciais para uma viagem segura, pois caso estejam fora dos limites de pressão, isso influencia na estabilidade. Utilizar a motocicleta com pneus abaixo da pressão recomendada reduz a durabilidade, aumenta o consumo de combustível e aumenta os riscos de acidente. Já a pressão acima da recomendada reduz a área de contato com o solo e a aderência, também aumentando o risco de acidentes em frenagens de emergência e reduzindo o conforto, pois o pneu trabalha em conjunto com a suspensão.
Outra ação que precisa ser realizada antes de pegar a estrada para viajar é verificar as pastilhas dos freios com relação à área de atrito e contato com os discos.
O principal motivo que pode levar o sistema a fazer ruído durante o acionamento é o desgaste da área de atrito (pastilhas), bastando trocá-las. Outros motivos são sujeira e o tipo de material empregado na fabricação das pastilhas.
A vela de ignição é um dos componentes mais importantes na combustão e no funcionamento do motor. Mas com o passar do tempo sofre desgastes e deve ser trocada. Na manutenção da moto, a vela é removida e analisada pra identificar problemas com a mistura ar/combustível e a presença de contaminantes ou alguma queima irregular.
No que se refere à bateria, a usada pela Harley-Davidson é a do tipo AGM, livre de manutenção. Mas quando a moto está parada por muito tempo, a bateria tende a perder carga e a capacidade de alimentar o sistema elétrico, principalmente a partida. Dessa forma é recomendado o uso periódico da moto ou a remoção do cabo negativo da bateria (ou fusível Maxi).
A parte elétrica merece cuidados, pois as motocicletas Harley-Davidson utilizam sistemas eletrônicos sofisticados. As panes elétricas podem ser causadas por conectores com folgas excessivas ou por roteamento incorreto da fiação elétrica. Em alguns casos, as panes podem até desativar a ignição e a injeção eletrônica.
Também é preciso ter cuidado na hora da limpeza, pois a utilização de aparelhos de alta pressão pode causar infiltração e danificar cabos e peças eletroeletrônicas.
A correia de transmissão é um dos itens que deve ser inspecionado na revisão, com relação a desgaste e folga. A correia não possui um tempo de vida útil estipulado, já que é feita de material de longa duração (aramida ou fibra de carbono), passando dos 100 mil quilômetros rodados. A limpeza da correia deve ser realizada utilizando pincel e água. E a folga varia de modelo para modelo.
O filtro de ar é outro item que não tem um tempo estipulado para a troca. Na manutenção periódica são analisadas as condições com relação a obstruções e perfurações. Na maioria das motocicletas é possível fazer a limpeza lavando com uma solução neutra e com secagem em ar ambiente ou de baixa pressão.
A Harley-Davidson utiliza o ABS em todas as suas motocicletas desde 2014 e não necessita de cuidados especiais, a não ser na troca do fluido de freio. Os motores com refrigeração líquida devem ter o nível do líquido de arrefecimento inspecionado e completado. O sistema tem bomba de água elétrica, dois radiadores e duas ventoinhas de refrigeração, mas a manutenção está ligada ao líquido de arrefecimento utilizado no sistema.
